sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Quietude no estrondo da alma


São tantas vozes, tantos ruídos, tantos barulhos. Incrivelmente nossa alma sobrevive em um mundo tão falado, gritado e ensurdecedor. Prêmio Nobel para nossa alma. Tantas vozes nos convidam para tantos lados, ante as escolhas vozes nos chamam, ruídos nos enganam, uma conspiração contra o silêncio.
Fiz o teste, fui até um shopping e resolvi prestar atenção nas vozes que ecoavam de varias direções, e o interessante, é que nunca as percebi, até o momento que resolvi ouvi-las mais atentamente. Era um coral gigantesco quase na mesma tonalidade com alguns que extravasavam. Mais a grande descoberta é que as vozes sempre estão lá, todos sussurram, conversam, gritam. Elas sempre estão lá. Por que nunca percebi? A resposta foi obvia, me acostumei com o barulho e esse barulho se tornou meu comum silêncio. Que triste descoberta! Minh´alma é moldada pelo barulho e já nem percebe os estrondos entranhados nela.
Não sei mais o que é minha voz interior ou exteriores que se internaram em mim fazendo-me um CTI ante ao silêncio.
Que grande desafio é o “aquietar e sabei que Eu sou Deus!”.
O problema não é um silencio divino, mas uma inquietude de ondas de vozes que quebram nas pedras da mente nos distraindo ao sussurro e até o bradar divino a nos falar ao coração.
A arte do silêncio é divino num mundo tão profanado pelo barulho, agora mesmo, enquanto escrevo essa inquietude da minh´alma, ouço vozes do som de bandas a cantar, leio mensagem pelo MSN, penso na viagem que farei, na roupa que preciso, no cartão que não posso esquecer.
Dá-nos almas na arte da quietude e teremos a estrondosa voz Divina a ecoar nos becos de um mundo perdido, sem norteadores, ressuscitar em vida e vida em abundância.
By Tony Edson

Nenhum comentário: