quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Celebração do Sexo - uma viagem a dois no extâse divino.


Falar de sexo sem poesia é ultrajar o que é divino.
O tocar de duas almas na preparação de um olhar ao se consumir em prazer a lençóis.
Corpos que se tocam e se confundem numa dança angelical de pernas e braços, beijos e afagos. Palavras nascem, gestos se criam, jeitos se renovam é a celebração da sexualidade.
A arte da celebração do sexo se diviniza com os contornos e adornos do amor. Uma história junta e ajuntada pelo compromisso de caminhar apesar dos pesares transforma o que pode ser tão egoísta em algo divinal. Cantam nossos poetas e declamam nossos músicos a celebração da sexualidade de um encontro orgástico de duas almas que se amam e se comprometem perante homens, anjos e Deus de viverem esse amor.
Do bom dia da sexualidade ao “dia-bom” da deturpação de tal benção divina. Carinhos e caricias, sorrisos e seduções, risos e seriedade, suor e frescor.
Dizem os psicanalistas e sexólogos que não há contorção de êxtase maior que o momento de um orgasmo sexual. Derramam-se correntes sensitivas que se despejam em cascatas por toda extremidade do corpo, um encontro de sensações indescritíveis, uma alegria que excede as palavras que simplesmente deve ser sentido. Regina Navarro Lins, sexóloga e psicanalista, nos descreve que “é um conjunto de sensações vividas ao mesmo tempo pelo corpo; há perda momentânea de consciência; alterações neuromusculares e endócrinas; vasodilatação generalizada; um aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial. É o prazer físico mais intenso que uma pessoa pode experimentar”.
Que prazer e alegria indescritível a Bíblia nos diz que é a presença de Deus e a grande ironia para religiosidade que banaliza ou endemoniza a sexualidade é saber que a sensação mais próxima do que seria o prazer e alegria plena da presença divina é o enrolar-se no canto encantado do orgasmo sexual.
Durante muito tempo às mulheres foram privadas, pelo senso de egoísmo dos homens, de tal divinização e quando elas se viram livres para desfrutar e saboriar tal fruto, frustrou muitos homens com a vida feminina.
Desafiados somos no orgasmo sexual a pensar nos problemas e dissabores da vida, impossível, tudo é belo, tudo é gênesis é genital é geracional é genial é divino. O homem não inventaria tal encontro ou sensação, não há no mundo uma criação que se iguala a tal sensação.
Não é a toa que celebrações cúlticas pagãs envolvem o sexo, pena que com a banalização em orgias, mas que é divino saber que o casal quando celebra a dádiva da sexualidade cultua ao seu Deus.
Um ato de intimidade e aprofundamento de ligação mútua, tão profundo e santo que canonizado é o sexo em Cantares de Salomão sem os legalismos religiosos, mas uma profunda revelação de entrega total.
E saber que Deus quando nos convida para conhecê-lo é a mesma raiz do ato sexual, onde dois passam a ser um e um convive nos dois. Onde as essências se confundem e caminham na alegria de um êxtase divino. Que grande alegria e gozo é o relacionar-se com o Criador, que criou o orgasmo em seus filhos para que juntos em aliança e compromisso desfrutem de tal fruto, sem medo, sem represárias, sem repressões, mas celebrando em amor e respeito o prazer do encontro a dois.
Um sorriso divinal ao êxtase dos filhos aliançados com Ele e um com o outro. Um aplauso divino pela potencialidade da intimidade vivida num compromisso de caminhar a todo instante com o amado e a amada.
Sexo – gozo – orgasmo e prazer são palavras divinamente anexadas em poesia no corpo humano e louvadas na celebração do casamento dos filhos de Deus.

By Tony Edson

Nenhum comentário: