terça-feira, 18 de agosto de 2009

DECISÕES

Na vida todos tomam decisões!
Umas de cunho mais abrangente outras mais reduzidas.
Umas mais complexas outras mais simples.
Na vida todos tomam decisões!
Uns gostam de tomar por outros,
Outros gostam que tomem por si,
Uns decidem a todo tempo
Outros tardam a decidir
Na vida todos tomam decisões!
É inquestionável que a vida é a somatória das decisões,
E a qualidade da vida é determinada pela responsabilidade com que as tomam.
Mas por melhor que seja as decisões, vida vivida de verdade,
É a decidida pelo autor da Vida!
Decida viver a melhor de todas as decisões,
Viver com aquele que decidiu viver, morrer e ressuscitar por você!
Decida nesse momento, não espere o amanha, pois talvez não haja decisão a se tomar,
Talvez não haja amanha para se ver e viver.
Decida nesse momento sua vida, sua história, sua morte e sua ressurreição.
Decida se entregar ao amor daquele que decidiu te amar incondicionalmente
Decida se moldar por esse amor!
Decida se entregar e aceitar a Jesus!
By Tony Edson

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Dilema do Sofrimento.


Dilema que nos traz um lema diante do inquestionável desafio de ser humano.

Lançados em palavras que afirmam uma bondade transcendente de entregar seu próprio ser na pessoa de seu filho, tamanha atitude parece sucumbir diante do dilema do sofrimento.

Galgamos nas linhas da teologia e adulteramo-nos com várias a procura de tal resposta.

Onde encontramos resposta na pessoa do que poderia nos remover de tal dilema e diz nos amar se o sofrer permanece a nos enquadrar?

Velho dilema, velho dilema sempre um novo lema!

Então, brinquemos de “teologizar” aquilo que quando nos visita nos faz lançar pro alto toda sistematização possível.

Penso na existência como preservada por alguém que não precisaria nos permitir existir. Isso mesmo! Perdido foi o direito da existência! Desconectamos-nos da vida em função de uma autonomia na síndrome de sermos deuses e tal aventura momentânea teve desdobramentos eternos...

Mas falar do sofrimento como causa dessa desconexão, ou seja, devido ao pecado não é nada animador e inovador, ainda que não deixe de ser uma verdade.

Mas pensemos na perspectiva da criação, onde tudo fora criado como demonstração e cuidado do amor paterno, cada detalhe caótico ganha forma e vida para um cenário propício do abrir das cortinas do viver da humanidade, mas, a beleza poética inicial do Gênisis de 1 – 2 é abruptamente desfeita pelo horrendo rascunho da tentativa de autonomia do ser humano.

O que era cheio de forma retorna ao caos sendo vazio. O caminhar de uma vida cheia de vida é interrompida por uma anistia rumo à morte. Abre a sepultura, encerram-se os clarins da música que embalava a criação auge de Deus. O Ser humano morreu!

Perdeu o direito de existir.

Mas algo acontece... Aquele que é o criador preserva a criação que não o deseja mais. Deus escolhe em si preservar a existência de seres que não acreditam na existência do mesmo.

Para seres destinados a não existência o dilema do sofrimento passa a ser um pormenor diante da calamidade revertida. Mas a boa poesia de Deus não para por ai, temos a promessa de que o sofrimento é temporário, transitório, passageiro e tudo caminha para o seu fim.

Enquanto isso, o sofrimento é um sinal da graça de um Deus que reverteu a sentença da não existência para existência e ainda deu a proposta da vida em abundância... Que seria outro assunto!


By Tony Edson

terça-feira, 31 de março de 2009

Aparecer...


O velho deitado de querer ser amado...
Latente e gritante é a carência do ser humano pelos becos e guetos a procura de amor, na escuridão acendem uma luz para serem vistos e amados e na luz quebram suas lâmpadas pra chamarem a atenção.
Buscam a visibilidade como um urubu a sua carniça, sobem nos palanques das oportunidades querendo ser admirados, consequentemente, querendo ser amados.
“Falem bem ou falem mal, mas falem de mim!” é o apelo, não bastar ser-humano, tem que os reconhecerem humanos, aliás, discretamente divinos.
Lançam seus nomes em torres celebres para que não sejam espalhados pela Terra, colam suas fotos em outdoors, estampam seus nomes em ministérios, gritam pelas rádios – amem-me! Vejam-me! Aplaudam-me!
A cada dia cresce em mim o pavor dos que assim se comportam, cresce em mim o pavor quando meu coração tais coisas almejam sutilmente...
Precisamos ouvir a voz que deseja calar os gritos do nosso coração que simplesmente nos diz: Este é o meu filho amado em quem me comprazo!
Ouvir no Amado que nos ama e isso basta!
Ouvindo abandone o senso de competitividade no querer ser amado!
Ouvido latejado por um amor de verdade!
Ouve o Amor que te ama sem pedir enquadrejamentos!
Ensurdeça-se ao querer aparecer pra tentar ser...
Você já é...apenas aceite...apenas relaxe...apenas seja amado.


By Tony Edson

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Comunicação - O Poder da fala e não fala.


Acredito que entre os pilares de uma boa construção relacional destaca-se o poder da comunicação.
Usar o poder da comunicação é-nos um instrumento de construção de muralhas ou pontes nos relacionamentos. Enquanto uns a usam para se separar de pessoas, outros sabiamente a usam para se aproximar de outros.
Poder esse que promovem guerras e as apaziguam, lágrimas de ódio e de alegria, que fere e cura, enfim, há poder nas palavras!
Mesmo sendo teólogo, permeado por uma cosmovisão do transcendente, acredito que o poder maior das palavras não está no âmbito espiritual, mas psicológico (pois o ser humano é um ser - psico-socio-bio espiritual).

O que comunicamos em palavras ou com ausência delas pode desencadear uma série de conseqüências benéficas ou não na vida do receptor.
Homens que se calam diante de conflitos relacionais quando deveriam criar pontes através do diálogo, manipulam com o seu silêncio, há momentos que o silêncio é a melhor opção, ou a semelhança de Adão no Éden que se omitiu vendo sua mulher caminhar para uma situação trágica ao comer do fruto proibido, ou quando usam com agressividade no tempo errado do jeito errado.
Mulheres que se retrãem num silêncio mórbido com suas dores e opiniões não permitindo que o outro conheça a dor da sua alma e se definham e definham o relacionamento, ou com um bradar-gritar que a vizinhança já reconhece a voz à distância.
Cabe-nos preencher a lacuna que a não ou mau comunicação cria em nossos relacionamentos, como dizia o historiador e autor C. Northcote Parkinson: “o vazio criado pela incapacidade de se comunicar é rapidamente preenchido por veneno, tolice e falsidades”. Sendo assim, que usemos tal poder para preencher vazios criados usando essa dádiva divinamente humana ou humanamente divina para preenchermo-nos mutuamente inaugurando pontes de comunicação e destruindo muralhas da separação.
Comunicados pelo poder da boa fala e não fala, livres das muralhas da não comunicação, inauguremos um novo tempo em nossos relacionamentos.
By Tony Edson

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Caminhos e passos


Passo a passo tudo passa e passamos sem perceber o compasso das coisas... Passeamos num passeio que passa por nós sem passarmos por ele... A vida passa nessa caminhada e seus detalhes lá se vão, olhando no anseio de serem percebidos, mas passamos por eles... Passado e presente se dialogam a respeito dos nossos passos vazios e sem intensidade, sem vida a passos largos... Como uva-passa secamos sem perceber a doçura da caminhada, nas pegadas que damos... Passeie longe do passado ruim, passei no hoje como se não houvesse passos pro amanhã, pasme, passe a diante dos impecílios, passe pelas portas das oportunidades de mais um passe de mágica da vida. Passe...passeie...caminhe! Pise forte pra não deslizar, pise forte pra suas pegadas ficarem... Pise fraco pra não se machucar, pise fraco pro fraco ajudar... Pise ritimado pra música dançar, pise parado pra cada passo valorizar... Pise, caminhe e ande!

By Tony Edson

domingo, 30 de novembro de 2008

Dose de Culpa faz bem.


Uma dose de culpa é uma dádiva ao ser humano esquecida em sua história ou formadora da história de muitos. Impressionante! Enquanto uns não sentem culpa de nada outros se culpam por tudo. Uns vivem sem consciência e responsabilidade outros cauterizados presos no passado. Mas uma dose de culpa é uma dádiva. Ela nos retira do estado mórbido do erro, a sutileza que nos embrutece como se nada de errado acontecesse. Acredito que uma onda de culpa deveria destruir nossos castelos de areia que ignoram os famintos da nossa nação. Acredito que a culpa para uma sobra no prato deveria nos assombrar em visto da fome que paira nos guetos visivelmente ignorados por nós. Nosso luxo alimentar deveria se culpar quando retira de nós a condição de fazer algo em favor de um necessitado. Somos conquistadores e merecedores do que temos? Talvez. Responsáveis pelos que nada tem por contextos sociais? Sempre. Ah se andássemos fora da blindagem dos nossos carros e visitássemos a pé, pois só assim é possível, o “mocó” das cidades. Vi recentemente uma entrevista com uma mulher ex “mocozada”, que escreveu seu passado no craque e prostituição e hoje escreve um presente no samba recuperada e cheia de dignidade. Não conheço os “mocós”, não conheço a ex-viciada moribunda de São Paulo, mas agora conheço a sambista recuperada sorrindo em sua casa e manchete de jornal.
Pobre homem que sou! Quem me livrará do corpo dessa morte?
Se ela hoje não fosse uma sambista, eu não conheceria a “mocozada” mulher da vida.
Estranho como valorizamos o mudado e com nova vida, mas os ainda “mocozados” desviamos deles o olhar, pois quando se torna um de nós os reconhecemos...Ironia? Talvez.
Precisamos voltar a experimentar a dádiva da culpa nessa boa dosagem!


By Tony Edson

sábado, 29 de novembro de 2008

O Velho e o seu Cachimbo.


Rosto mapeado pelo sofrimento de uma vida injusta de castigo da desigualdade social capitalista. Ao seu lado os “mansionados” enquanto seus pés procuram um canto à calcada para se aquecer e quem sabe aquela noite conseguir dormir. Pela manhã quando o sono chegar às sentinelas da mansão a convidarão a começar seu sono em outro lugar. O sorriso do velho “encachimbado” pela corrupção espera talvez uma mão a erguê-lo sob os pés cansados, mas o que tem são convites abruptos de chutes e ponta pés nas costas e às vezes com o humor sarcástico um balde d’água fria a lavá-lo. Levanta velho homem antes que o sono novamente se vá sem descansá-lo, afinal de contas, há outras calcadas a te esperar. Veja velho homem, um pão mal comido desprezado por uma boca não faminta, são apenas formigas e um cachorro quase a descobri-lo. Deleita-te velho homem sem seu cachimbo, afinal, o fumo acabou, ou apenas começou? Fume o fumo da desigualdade, pois é burguês o que gostaria de fumar. Coma o pão que o diabo ainda não amassou, apenas foi pisado pelos homens. Um banco, velho homem e seu cachimbo, deite-se, descanse, quem sabe o sono venha, ou até o sono da morte. Já sonhou velho homem? Não com o fumo do seu cachimbo... sonhei com uma vida digna? Com possibilidade de sobreviver? De se alimentar dignamente? De trabalhar? Morar em casa?
Se sonhou não sonhe mais...se não sonhou não ouse sonhar! Tua vida é um pesadelo velho homem e seu cachimbo. Veja os que te reprimem, marginalizam-no, eles tem seus cachimbos da paz. Resta-te o fumo da vergonha de uma nação que dorme em seus palacetes e jogam pães pela janela.
Caminhe no mapa traçado no seu rosto de sofrimento velho homem e seu cachimbo.


By Tony Edson