segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Cristais, Sorvete e muita Graça!

Copos a mesa e uma curiosidade: Que som realmente fazem?
Como eu poderia passar aquela manhã com essa dúvida que brincava na minha alma, sendo assim, aventurei-me sobre a mesa a pegar os sonoros copos de cristal da mamãe.
Mas quem diria que um outro som me impediria de ouvir a melodia dos copos de cristal, o som de um bradar do meu papai dizendo: Não suba na mesa, não mexa nos copos, a mamãe não irá gostar!
Desceu-me da mesa com um sorriso revestido de advertência, mas a cantata dos copos ecoava na minha mente, mesmo sem saber se assim aconteceria. Eu e a mesa, copos e minhas mãos e ninguém mais na sala, eu não poderia perder a oportunidade apesar da advertência de papai...Então, mais uma vez me aventurei sobre a mesa, toquei os copos, não cantaram sozinhos, resolvi ajudá-los na melodia que alguém fazia no programa de TV, comecei a balançá-los no ar, até que, ahhhh, nunca me esquecerei desse “até que”, que fez com que um dos copos escapasse da minha mão e derrubou outros copos.
Ouvi outra voz a bradar, mamãe gritou com papai que imediatamente correu na sala, eu já não via nada a não ser as palmadas reservadas pela minha desobediência. Mas ele olhava na minha mão, olha os meus pés, meu braço e trocou minha roupa levando-me para fora. Minha expectativa era a que horas as palmadas prometidas pela desobediência viriam.
Estava do lado de fora com meu papai e de repente ele quebrou o silencio e me disse: Você merecia as dez palmadas pela desobediência filho, não pelos copos que quebraram, mas porque você nos desobedeceu, mas se eu te desse cinco palmadas eu estaria tendo misericórdia de você, mas quero ensiná-lo outra lição.
Levou-me a uma sorveteria e me deu um enorme sorvete. Eu não entendi nada. Um sorvete ao invés de palmadas e perguntei: Papai o que eu fiz para merecer esse sorvete?
Você não fez nada meu filho isso se chama Graça!
Você mereceria as dez palmadas, ou em misericórdia eu te daria apenas cinco, mas resolvi mostrar-te que mesmo não merecendo um sorvete, mas palmadas, eu resolvi apesar da sua desobediência lhe dar um sorvete.
Depois daquela tarde, a curiosidade pelo som dos copos de cristal ainda permaneceu em mim, mas não tive a ousadia de tocá-los, pois alguma coisa dentro de mim me envolveu com um sentimento tão grande que apesar de querer, em gratidão, não toquei mais nos copos de cristal.
E imaginar que na história da minha vida quebrei tantos cristais e meu Pai Celestial simplesmente me presentou com sorvetes é motivo de olhar para os próximos cristais da vida e apesar do desejo de ir, me deter por amor e gratidão ao Pai.
By Tony Edson

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