quinta-feira, 30 de outubro de 2008

As danças do amor.


As danças do amor.

Embalada pela caminhada e ritmada pelos atritos. Ensaiam na rotina dos entediados abrilhantando a vida a dois. O comum se torna especial e o especial se torna mais que comum. Tangeiam seduzindo-se e encantando um ao outro, a cada dia.
Salseiam a luz de lâmpadas em almoços pobremente caprichados. Sambam com um gingado contornando os problemas requebrando nas soluções.
Lambadiam sensualidade com caricias que contagia o cônjuge sempre restaurando a atração inicial.
Timbalaiam numa espécie de alegria ala olodum com mãos pro alto e compreensão a tocar.
Rapeiam rimando os diferentes gostos a tudo se encaixar.
Rockeiam o cansaço do relacionamento e buscam fôlego só Deus sabe onde é que vão buscar.
Bossanoveiam num compasso delirante, num ritmo alucinante com palavras compostas de sentimentos a se galantear.
Valseiam detalhadamente observando o jeito do outro de amar. Sertanejam com moda de viola contando suas histórias pra modo de um ao outro sempre conquistar.
Bregueiam as tolices das discórdias dançando no fim da noite envergonhando o luar.
Forroseiam nas universidades se preparando para ao outro sempre amar.
MPBeiam seus lugares respeitando o do amado sem esse violar. Internacioneiam às vezes sem a letra entender, mas falam a linguagem do amor como ninguém pode em teoria aprender.
São tantos os ritmos a nos cercar que em poesia poderia ensinar os casais a amar, pois um casal que se ama dança as danças do amor e seus diversos ritmos da vida a tocar. Aprendem a cada dia se amar sem ter medo de errar. Ainda que pisem nos pés um do outro nunca deixam de dançar.
By Tony Edson

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