quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Dilema do Sofrimento.


Dilema que nos traz um lema diante do inquestionável desafio de ser humano.

Lançados em palavras que afirmam uma bondade transcendente de entregar seu próprio ser na pessoa de seu filho, tamanha atitude parece sucumbir diante do dilema do sofrimento.

Galgamos nas linhas da teologia e adulteramo-nos com várias a procura de tal resposta.

Onde encontramos resposta na pessoa do que poderia nos remover de tal dilema e diz nos amar se o sofrer permanece a nos enquadrar?

Velho dilema, velho dilema sempre um novo lema!

Então, brinquemos de “teologizar” aquilo que quando nos visita nos faz lançar pro alto toda sistematização possível.

Penso na existência como preservada por alguém que não precisaria nos permitir existir. Isso mesmo! Perdido foi o direito da existência! Desconectamos-nos da vida em função de uma autonomia na síndrome de sermos deuses e tal aventura momentânea teve desdobramentos eternos...

Mas falar do sofrimento como causa dessa desconexão, ou seja, devido ao pecado não é nada animador e inovador, ainda que não deixe de ser uma verdade.

Mas pensemos na perspectiva da criação, onde tudo fora criado como demonstração e cuidado do amor paterno, cada detalhe caótico ganha forma e vida para um cenário propício do abrir das cortinas do viver da humanidade, mas, a beleza poética inicial do Gênisis de 1 – 2 é abruptamente desfeita pelo horrendo rascunho da tentativa de autonomia do ser humano.

O que era cheio de forma retorna ao caos sendo vazio. O caminhar de uma vida cheia de vida é interrompida por uma anistia rumo à morte. Abre a sepultura, encerram-se os clarins da música que embalava a criação auge de Deus. O Ser humano morreu!

Perdeu o direito de existir.

Mas algo acontece... Aquele que é o criador preserva a criação que não o deseja mais. Deus escolhe em si preservar a existência de seres que não acreditam na existência do mesmo.

Para seres destinados a não existência o dilema do sofrimento passa a ser um pormenor diante da calamidade revertida. Mas a boa poesia de Deus não para por ai, temos a promessa de que o sofrimento é temporário, transitório, passageiro e tudo caminha para o seu fim.

Enquanto isso, o sofrimento é um sinal da graça de um Deus que reverteu a sentença da não existência para existência e ainda deu a proposta da vida em abundância... Que seria outro assunto!


By Tony Edson

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